quinta-feira, 24 de setembro de 2009

No final de tudo, sou um beneficiado.

Ao pensar exaustivamente nos anos que aqui passei, não posso deixar de me sentir um beneficiado.
Sou um beneficiado, porque acredito que durante o tempo que passei no CBNS, cada chamada de atenção fez-me mais responsável; cada problema que tive de enfrentar tornou-me mais apto; o convívio fez-me ver as vantagens de trabalhar em equipa e tudo isto junto, “calcetou-me” o caminho para cumprir os meus primeiros objectivos.
Sinto-me ainda uma das pessoas mais beneficiadas do mundo, pois foi aqui que aprendi o verdadeiro sentido da palavra amizade. Amigos que sei de certeza, serão para toda a vida.
Hoje sinto-me feliz por ter feito uma passagem por esta casa, e pretendo no futuro, junto com a Associação do Antigos Alunos, que cada pessoa que saí desta instituição, se sinta ainda mais beneficiada do que eu. Quando isso acontecer, terei mais um objectivo cumprido.

Até Breve.
Hélder Carvalho (124) - de 1995 a 1999

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

José Joaquim Leite Guimarães

Barão de Nova Sintra (1808 - 1870)

Nasceu a 21 de Julho de 1808, na freguesia de S. João de Pencelo, perto da cidade de Guimarães, filho de António José de Faria e de Custódia Maria de Machado.

Os seus pais, na qualidade de proprietários rurais, dedicavam-se à agricultura, dando assim continuidade à ascendência de ambos os lados.

Desde muito cedo, com apenas onze anos viu-se forçado a abandonar a sua terra natal e partir em direcção ao Porto, para se iniciar na vida do trabalho. Começou por se empregar numa casa de comércio como caixeiro, onde permaneceu até aos 17 anos, idade com que emigra para a cidade do Rio de Janeiro no Brasil.

Casou pela primeira vez, em 1840, com D. Mariana de Casal Ramos, de nacionalidade brasileira. Deste casamento, que foi curto, nasceram dois filhos que morreram muito cedo.

Casou pela segunda vez no Rio de Janeiro com D. Albina Augusta de Araújo. Deste matrimónio nasceu uma menina que veio a falecer com apenas cinco anos de idade.

Em 1851, sendo já detentor de uma avultada fortuna decidiu abandonar definitivamente o Brasil e regressou à sua terra natal.

É pelo facto de ter comprado em 1852, junto de Lisboa, uma quinta designada de Nova Sinta, que em 8 de Abril de 1862 fica com o título honorífico de Barão de Nova Sintra.

Em 1863 procede à inauguração provisória de dois Estabelecimentos no Porto, sob a sua administração e sustento. Um deles, designado de Estabelecimento de Artes e Officios do Barão da Nova Cintra, o outro de Recolhimento Humanitário do Barão da Nova Cintra. Três anos volvidos inauguraram-se as instalações definitivas, com a designação de Estabelecimento Humanitário do Barão de Nova Sintra, sendo as despesas a ele referentes suportadas pelo seu fundador.

Com base num rascunho de sua autoria, manda redigir um extenso testamento, no qual dispõe dos seus bens a favor daqueles que o seu espírito lhe ditava. Mas o maior caudal da sua fortuna vai ser direccionado a favor dos mais desfavorecidos, tal como vários legados a instituições de caridade, doação ao Estabelecimento Humanitário e principalmente fazendo doação de todo o remanescente à Misericórdia do Porto.

Este grande benemérito veio a falecer a 3 de Junho de 1870 e foi sepultado num jazigo, por ele mandado construir, no cemitério do Prado Repouso.

O Estabelecimento Humanitário do Barão de Nova Sintra e a fábrica de sericultura (seda) que lhe era anexa exigiam uma cuidada administração, o que não fazia parte das atribuições dos testamenteiros. Por esse motivo, em 1 de Junho de 1871, fica a Misericórdia do Porto responsável pela administração destes dois estabelecimentos, mediante a assinatura do respectivo Auto de Posse. Sendo de salientar que o primeiro estabelecimento subsiste até à actualidade, sob a alçada da Misericórdia do Porto, com a designação de Colégio do Barão de Nova Sintra.

sábado, 12 de setembro de 2009

CBNS

Nova Sintra foi sem dúvida um grande marco na vida de todos os alunos que cresceram protegidos pelas imensas paredes centenárias daquele edifício.
Os anos mais importantes no nosso desenvolvimento físico e principalmente pessoal (psicológico), ocorreram enquanto alunos daquela casa. Ali nos definimos, e ali começamos a apontar o rumo daquilo que hoje temos como vidas. Claro está, que nem todos os que conhecemos tiveram sucesso ou conseguiram aquilo que queriam (infelizmente), já outros venceram e hoje são homens e mulheres que se vão concretizando ao longo dos anos. Pessoalmente, considero que a minha passagem pelo colégio foi extremamente benéfica e que mesmo apesar de nem todos os momentos terem sido bons (o que não é diferente de nenhuma casa de família tradicional), os frutos que dali colhi foram óptimos!
Tenho que dizer que as amizades que construí e trouxe comigo para o meu mundo foram a minha maior conquista, infelizmente não foram muitas, mas são certamente as melhores que um ser humano algum dia podia desejar ter...actualmente eles são parte da minha família alargada...já o eram, pois de certeza que aqueles que foram verdadeiros baronenses sentiram que cada colega era um irmão....todos rimos juntos e todos choramos juntos.
Espero viemente que os laços que outrora nos uniram, hoje nos aproximem em prol do desenvolvimento e renascimento de uma Associação de Antigos Alunos, que se quer mostrar como uma plataforma para o futuro dos que foram, dos que são e dos que virão a ser Nova Sintra.

Deixo-vos as minhas saudações....

Tiago Nércio 1989 - 2004

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Nostalgia

Quem passou pelo Barão jamais esquecerá.
Muito embora as razões que nos «empurraram» para este colégio não tivessem sido as melhores (cada caso, era um caso) foi para mim e para muitos um lugar onde aprendemos muito, onde crescemos ou nos desenvolvemos. Houve situações menos boas e muito boas, mas agora puxando pela cabeça, até as menos boas me fazem sorrir...
Encontrei (e encontro) nos colegas e amigos de Nova Sintra irmãos, não que eu não tivesse já muitos, mas nunca é demais!

Um grande abraço para todos os antigos e actuais alunos.

Quintino Cunha (59) - de 1990 a 1998)